sábado, 20 de agosto de 2011

Projeto Jari

Equipe 5: Crislaine Leal; Lizandra Santos; Itayara Freitas e Edwin Sousa.

Projeto Jari: é o nome de um grandioso empreendimento existente às margens do Rio Jari, que foi idealizado pelo bilionário norte-americano Daniel Keith Ludwig, para a produção de celulose e outros produtos. O projeto se iniciou em 1967, quando ele mandou construir uma fábrica de celulose no Japão, na cidade de Kobe e usando tecnologia finlandesa da cidade de Tampere, foram construídas duas plataformas flutuantes com uma unidade para a produção de celulosee outra para a produção de energia. A unidade de energia produzia 55 megawatts e era alimentada por óleo BPF a base de petróleo com opção para consumo de cavacos de madeira.

HITÓRICO: em 1967, Ludwig adquiriu, na fronteira entre os estados do Pará e do Território Federal do Amapá, uma área de terra de tamanho pouco menor que a do estado de Sergipe, ou equivalente ao estado norte-americano do Connecticut, para a instalação do seu projeto agropecuário. Ao longo do programa de instalação, enfrentou as desconfianças das autoridades da Ditadura, e também dos integrantes das chamadas esquerda, que temiam pela soberania brasileira sobre a área inabitada de floresta onde o Jari seria instalado. A "ameaça" rendeu, em 1979, a criação de uma CPI para "apurar a devastação da floresta Amazônica e suas implicações". Mas, o relatório da Comissão não fez qualquer alusão direta a este projeto.
A área que Ludwig adquirio fez com que provavelmente fosse o maior proprietário individual de terras no Ocidente. A grandiosidade do Jari se acentuava porque aquela região era totalmente desprovida de qualquer infra-estrutura e por isso, foi necessária a construção de portos, ferrovias e nove mil quilômetros de estradas. Ali Ludwig pretendia estender as atividades de reflorestamento com árvores de crescimento rápido, antevendo o aumento da necessidade mundial por celulose.
Uma usina termelétrica e a própria fábrica de celulose foram rebocadas do Japão, num percuso de 25 mil quilômetros, que durou 53 dias a ser concluído. Além das instalações, todo o projeto ocupava uma área de 16 mil Km², a construção do Beiradão, uma cidade para a moradia dos trabalhadores, além de hospital e escolas na sede, chamda Monte Dourado. A fábrica e implementos custaram em torno de 200 milhões de dólares. Em 1982, ano de sua venda, a população do Jari alcançou a marca de trinta mil habitantes.
Sem apresentar resultados neste ano, Ludwig abandonou o projeto. As negociações envolveram o general Golbery do Couto e Silva, homem forte do regime militar, e cogitou-se na venda para o Banco do Brasil, para um pool de empresas e para o empresário Augusto de Azevedo Antunes. Até o começo dos anos 1980 Ludwig disse ter gasto no Jari 863 milhões de dólares, atualizados em 1981 para 1,15 bilhão.
No ano 2000, o Projeto Jari passou a ser controlado pelo Grupo Orsa, de modo que a Jari Celulose não se tornou apenas economicamente viável, mas também se mostrou sustentável, recebendo certificação em 2004 pelo Florest Stewardship Council.

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